segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Rei do Pop por :Robert Cris

Ele é belo ,felino ,febril. Michael Jackson aos 39 anos é a criança que existe dentro de nós;aquela que ainda não foi contaminada pela aspereza da realidade. Este show é puro prazer pompa e narcisismo.É magia fantasia,viagem, vertigem ,dissimulação e controle . Ele dança consegue adicionar algo de inesperado e radiante a tudo aquilo supostamente conhecido”
Escrevi o comentário acima quando assistia um show de Michael Jackson no estádio deWembley ,em 26 de junho de 1997. Mais adiante , prossegui: “Ele tem um complexo de Messias que transborda por todos os poros. Seu corpo é um templo em movimento; seu ego se transmuta em sinos que nos arrebatam “.
Ele é incandecente,uma pantera no céu sem gravidade de Fred Astaire. E ainda há seu sorriso intergalatico. Ele quer o iluminemos como raios de lua. ‘Parem de me pressionar ‘ ele canta e ,mas adora tudo isso”.
Num dado momento do show ele emerge de uma nave especial em formato de casulo, convencido que era um astronauta feito de ouro.
Encara a multidão em  absoluto silencio durante  minutos intermináveis e se nutre do amor que emana do publico. Seguem-se encenações envolvendo gangsters e suas acompanhantes, uma mascara de lobisomen para compor o personagem de “Thriller”e o ato cerimonial de vestir a luva para entoar “Billie Jean”
Ele ficou suspenso acima de nossas cabeças por um guindaste para “Earth Song” atuando simultaneamente como acrobata e pregador.
Fingiu chorar entre “I’ ll be …e …there” e se emocionou tanto como o sentimos aquele aperto no peito ao ver realmente alguém chorando
Um tanque atravessa uma parede do palco e Michael o impede de avançar. Uma garotinha oferece uma flor a um soldado e este abandona sua arma.
Talvez pareça piegas ,mas não no mundo de Michael Jackson. A grandiloquência pode soar vazia mas ninguém pode dizer que assim o seja neste caso,quando até mesmo a queima de fogos ao final do espetáculo perde um pouco do brilho sem sua presença.
Definitivamente ,Michael não tem medo de se arriscar e no palco revive um conjunto de vidas cativantes e angelicais . Ele conhece o caminho que conduz a plateia ao êxtase , e sabemos que em nome dessa sensação qualquer coisa pode ser perdoada.
Do livro: Michael Jackson O rei do pop 1958-2009 de Robert Cris

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