quarta-feira, 29 de junho de 2011

Michael Jackson conta historias no avião

Michael conta uma história para as crianças e canta Heal the World em Salvador, Brasil
Michael tinha  filmado e gravado “They Don’t Care About Us” em dois estados brasileiros: Rio de Janeiro e Salvador. Michael pegou um vôo comercial entre os dois estados durante as filmagens, e este artigo é sobre os acontecimentos daquele vôo.
O editor-executivo da Globo, Marcelo Senna, conta como foi ficar com Michael Jackson em um vôo para Salvador em 1996
Ele tem um olhar muito frio. Congelante. “Esta foi a primeira impressão
que eu tive sobre o voo Rio-Salvador, que eu compartilhei com Michael
Jackson há 13 anos, quando ele estava gravando com Olodum. Mas essa
impressão lentamente desapareceu quando eu testemunhei um lado do cantor
que talvez poucos podiam ver. Nos poucos minutos que permaneceu de pé
cinco metros na frente da estrela, eu tentei todas as formas de
entrevistá-lo. Dois seguranças assustadores, que poderiam estar em “Thriller
evitavam cada que eu me aproximasse.
Mas se eu não o entrevistei, apesar de ser o único repórter do mundo ali, eu
testemunhei, muito perto dele, uma performance que provocou um barulho
dos cintos de ser desatado e fez todo mundo virar o pescoço para a
primeira cadeira da Boeing 737 da Varig.
MJ contando a história para as crianças

Michael Jackson passou a maior parte do vôo brincando com seus companheiros, um menino e uma menina de seis anos na época. Com eles, o olhar de seus olhos era
diferente. Era doce. E acompanhou de perto o que viu e ouviu alguns: um
conto de fadas em que ele interpretava um leãozinho perdido na floresta.

As crianças ficaram encantadas com os rugidos e os
rostos durante a história. Eu também. Foi melhor do que qualquer dos
clips de vídeo do mega estrela na TV. Este foi um clip quase exclusivo.
Para mim e para as crianças.
Ele usava uma jaqueta vermelha da equipe de futebol Torpedos Soccer Team, calças pretas e chapéu. Ele entrou no avião com sua inseparável máscara cirúrgica, que
tirou apenas depois que as portas estavam fechadas.

“Aquele foi o voo do frisson. Os 81 passageiros só respeitaram o aviso de apertar os
cintos na decolagem e na aterrissagem. Lá no alto, muitos queriam chegar
perto do astro. Sem sucesso, claro, já que os enormes cães de guarda
proibiam qualquer contato. O próprio mito tentava esconder o rosto em
aproximações maiores. Um ou outro conseguiu uma foto para provar que
esteve no avião com o maior ídolo da música pop. Afinal, quem
acreditaria na história? Michael Jackson num voo de carreira da Varig
sem primeira classe? Conta outra.Tive o privilégio, porque eu estava em pé na frente da fila da frente. Eu tinha perguntado aos comissários de bordo para parar lá quando você servir a comida. Apesar dos pedidos dos seguranças para voltar a minha cadeira, expliquei a uma grande desculpa que o carrinho de comida bloquearam a estrada.

As aeromoças, por sinal, disputaram para ver quem o servia. Michael adorou
guaraná e comeu de tudo: canapés de queijo, presunto e salame; ovos de codorna, frango empanado, abacaxi, uvas e quindim (é, há 13 anos o serviço de bordo era bom assim). Só fez cara feia para o croquete de carne
Mas quem tinha o maior privilégio foi o comandante do vôo.
Michael foi à cabine e cantou a cappella, “Heal the World” quando o avião estava sobrevoando a Ilha de Itaparica (próximo a Salvador), e eu estava pensando que eu já tinha tido os melhores tempos da minha vida antes disso!
-Marcelo Senna, editor executivo do extra.

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